Como não podia deixar de ser, a tão aclamada obra-prima de Jane Austen já faz parte da minha biblioteca. Sem dúvida uma das melhores obras da literatura inglesa do século XIX, que continua a inspirar gerações. Repleto de personagens hilariantes, este é um dos must have para quem é dado à leitura. A oposição entre o
orgulho aristocrata e o preconceito da classe média, dá aso a uma espécie de
jogo conflituoso e cómico. Aparentemente, Elisabeth Bennett e Mr. Darcy não têm
nada a ver um com o outro e dificilmente estão de acordo em alguma coisa, mas
isso só torna ainda mais interessante a forma como a sua relação evolui. Mas à medida que as peripécias acontecem e os mal-entendidos se desfazem, Elizabeth ultrapassa o preconceito e Darcy o orgulho, e aquele que parecia ser o par mais impossível de todos encontra o seu happy ending e com isso funde classes sociais diferentes, assim como Mr.
Bingley e Jane, sendo a mensagem evidente: é possível conviver com as
diferenças e ultrapassá-las, sobretudo as de classe. Em simultâneo, pode
dizer-se que o casamento de Mr. Collins e Charlotte Lucas é o resultado somente
das circunstâncias: ele não passa de um clérigo tolo dependente da sua
subserviência a um patrono, ela apenas por uma questão de oportunidade por ser
um peso para a família. Já Mrs. Bennett e as duas filhas mais novas vivem numa
constante futilidade histérica em relação à perspectiva de arranjar um
casamento favorável, embora isso se deva em grande parte à inexistência de um
filho varão. Por fim, é inevitável referir Wickham, o qual se comporta de forma
semelhante a Willoughby, e apesar de lhe ser aplicado o castigo devido, sendo
que ambos mostram uma total falta de escrúpulos e de carácter, mas por razões
diferentes.
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