quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Petrus Logus - Os Inimigos da Humanidade, Augusto Cury





Esta história está cada vez mais empolgante e depois de todas peripécias e desafios que as personagens enfrentaram no primeiro volume, eis que a narrativa se intensifica e volta a trocar as voltas aos leitores! O enredo complica-se e a coragem do pequeno grupo de mentes livres cresce até ao impossível. As teorias que Cury apresenta nesta saga dão muito que pensar sobre o nosso comportamento enquanto Humanidade para com os nossos pares e para com a Natureza; todos os anos gastamos mais recursos do que devíamos e a tecnologia que usamos desenvolve-se tão depressa que se torna assustador pensar no quão perigosa pode se no futuro. Mal posso esperar para saber qual será o desfecho da estória do jovem mais corajoso de Cosmus. Será que o verdadeiro conhecimento sairá vencedor desta luta desigual? 

domingo, 14 de outubro de 2018

Petrus Logus - O Guardião do Tempo, Augusto Cury





Depois de ler Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes e Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis, onde o autor explora teorias muito interessantes sobre a construção e o desenvolvimento do pensamento e da emoção humana, fiquei completamente boquiaberta com esta narrativa, não só pela complexidade da estória em si, mas também pelo importante alerta que o autor faz para as prováveis consequências do aquecimento global e do desenvolvimento tecnológico. Neste livro, Cury apresenta-nos um  mundo renascido das cinzas da temida Terceira Guerra Mundial, onde a humanidade vive prisioneira do medo de repetir erros passados, ao ponto de excluir todo o conhecimento desbravado desde o início da História. Porém, este novo reino é governado pela superstição, pela obediência cega, pelo preconceito, pela corrupção e pelo egoísmo, até que há alguém com coragem para se revoltar e lutar pela justiça. Esta estória impressionou-me como há muito tempo não acontecia, tanto que já estou a ler o volume seguinte e a desejar que a continuação saia depressa! Espero que leiam, que se surpreendam e que reflictam sobre o que está errado na nossa sociedade e como podemos, em conjunto, corrigir certos comportamentos, de modo a mudar o rumo da Humanidade.

Reflexões #24 - O Princípio da Realidade e os Obstáculos da Vida





Não há duas sem três e a verdade é que este "vai que não vai" de procurar emprego começa a fartar. Sinto que estou as esgotar todas as minhas opções e ainda assim, não vejo uma luz ao fundo do túnel. Estou cansada de lutar para me manter à tona; estou farta de ver o tempo a passar e não chegar onde quero, mas sobretudo, estou farta de me sentir estagnada e não saber o que fazer para sair desta situação.

Sempre soube que seguir a minha vocação seria difícil, só não estava à espera que fosse tão angustiante. Não compreendo nem me conformo com esta injustiça, este sistema social não funciona, caso contrário, todos teriam realmente liberdade para fazer o que realmente gostam e seriam reconhecidos por isso. A única certeza que sempre tive é que quero escrever, mesmo que sejam textos mais sérios, mesmo que o meu ganha-pão tenha que ser outro ramo da escrita, basta ter uma oportunidade. Contudo, estas nascem nas árvores nem se escondem debaixo das pedras! É preciso ir à procura delas, é preciso lutar, mas quando a luta é desigual e injusta, custa a crer que se consiga alguma.

Em suma, encarar o princípio da realidade e fazer limonada com os limões da vida não é assim tão simples como parece e torna-se difícil acreditar nas nossas capacidades. Por incrível que pareça, este retrocesso favoreceu a escrita, muito embora a consciência não permita uma fluidez plena da mesma, porque preciso de um trabalho que me sustente, que me permita viver condignamente... Mas desistir? Não, isso não saberia fazer nunca, porque a escrita é uma parte essencial de quem sou e jamais poderia desistir de mim mesma.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Pedaços de Escrita #64





Hoje levei o meu tempo. Não corri, não gritei, não me preocupei. Apenas compreendi que a simplicidade é a maneira ideal de viver as pequenas grandes coisas da vida. Saber apreciar um momento tão simples como observar as folhas a cair numa tarde de Outono ou desfrutar de uma chávena de chá em boa companhia. Ler um livro numa sala acolhedora. Coisas tão simples como um sorriso perante uma memória feliz gravada numa fotografia, o calor morno do sol no rosto ou a tranquilidade de um bosque. O abraço de alguém especial, um murmúrio de carinho, o riso inocente de uma criança, o passar silencioso do tempo. Um passeio ao luar, as ondas do mar a enrolar a areia, as conversas à lareira noite dentro, os pés descalços sobre o chão de madeira.
Sim, hoje parei para pensar no que estava a perder com a correria e decidi abrandar e comandar a minha vida. Deixei de me importar com a inveja dos outros e simplifiquei a minha vida; passei a gerir o meu tempo em função da minha realização, não da dos outros, passei a ter o papel principal na minha própria história, como deveria acontecer com toda a gente. Hoje decidi ser feliz.  

sábado, 6 de outubro de 2018

Contos Tradicionais Portugueses, vários autores





Apesar de alguns detalhes menos felizes e uns quantos finais confusos, esta compilação de contos da tradição oral portuguesa é um tesouro riquíssimo da nossa língua e estou muito contente por a ter lido. A maioria destes contos não os conhecia de todo, alguns como "O Caldo de Pedra" já tinha ouvido falar e há ainda outros que me remetem à minha infância, nomeadamente "A História da Carochinha", "O Macaco do Rabo Cortado", "O Coelhinho Branco"! Uns são mais sérios e dão que pensar, outros só nos dão mesmo vontade de rir. É realmente muito bom e mostra como a nossa tradição oral providencia uma fonte de inspiração literária essencial à valorização da nossa literatura. Gostei e recomendo vivamente, porque ler é um dos melhores exercícios que há e o saber mais sobre a nossa cultura não ocupa lugar.