sexta-feira, 26 de abril de 2013

Pride and Prejudice, Jane Austen






Como não podia deixar de ser, a tão aclamada obra-prima de Jane Austen já faz parte da minha biblioteca. Sem dúvida uma das melhores obras da literatura inglesa do século XIX, que continua a inspirar gerações. Repleto de personagens hilariantes, este é um dos must have para quem é dado à leitura. A oposição entre o orgulho aristocrata e o preconceito da classe média, dá aso a uma espécie de jogo conflituoso e cómico. Aparentemente, Elisabeth Bennett e Mr. Darcy não têm nada a ver um com o outro e dificilmente estão de acordo em alguma coisa, mas isso só torna ainda mais interessante a forma como a sua relação evolui. Mas à medida que as peripécias acontecem e os mal-entendidos se desfazem, Elizabeth ultrapassa o preconceito e Darcy o orgulho, e aquele que parecia ser o par mais impossível de todos encontra o seu happy ending e com isso funde classes sociais diferentes, assim como Mr. Bingley e Jane, sendo a mensagem evidente: é possível conviver com as diferenças e ultrapassá-las, sobretudo as de classe. Em simultâneo, pode dizer-se que o casamento de Mr. Collins e Charlotte Lucas é o resultado somente das circunstâncias: ele não passa de um clérigo tolo dependente da sua subserviência a um patrono, ela apenas por uma questão de oportunidade por ser um peso para a família. Já Mrs. Bennett e as duas filhas mais novas vivem numa constante futilidade histérica em relação à perspectiva de arranjar um casamento favorável, embora isso se deva em grande parte à inexistência de um filho varão. Por fim, é inevitável referir Wickham, o qual se comporta de forma semelhante a Willoughby, e apesar de lhe ser aplicado o castigo devido, sendo que ambos mostram uma total falta de escrúpulos e de carácter, mas por razões diferentes.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Chocolat, Joanne Harris






Apesar de só ter descoberto o livro depois de ter visto o filme devo dizer que me surpreendeu e que adorei. Embora seja bastante diferente da adaptação cinematográfica, trata-se de uma excelente obra, cujo enredo vivo e personagens fortes prende o leitor do princípio ao fim e nos deixa de água na boca. A apresentação de duas perspectivas ao longo da narrativa é bastante interessante e irreverente, se assim lhe posso chamar; e a transformação por que passa a pequena vila de Lansquenet num tão curto espaço de tempo, é extraordinária. Creio que este livro é uma daquelas obras que se lêem repetidamente, sem nunca nos cansarmos dela e aconselho vivamente; é um misto de passado, presente, futuro, a ideia incerta do bom e do mau cristão, a ideia da tentação e do pecado, uma mistura viva de cores e sensações.

Northanger Abbey, Jane Austen






Com a caprichosa e elegante sociedade de Bath e a misteriosa, gótica, Northanger Abbey como pano de fundo, Jane Austen deixou-nos a sua sátira aos romances góticos da sua própria época. Esta talvez seja a novela mais curta que Austen escreveu, mas não deixa de ser hilariante. Em Northanger Abbey o leitor é confrontado com uma sátira perspicaz, a qual vem criticar e expor o exagero absurdo do romance gótico que emergia na época. A protagonista Catherine Morland é apresentada como uma rapariga bonita, mas cuja imaginação demasiado fértil, alimentada pela sua leitura de obras góticas, a par com a sua ingenuidade, a conduz a uma tremenda humilhação. Por outro lado, o facto de Henry Tilney não ser um herói romântico confere à obra uma dimensão muito mais realista, apesar de terminar com o noivado entre eles. Gosto sobretudo da relação que Catherine mantém com o irmão e mesmo com Henry Tilney. Recheado de personagens hilariantes e uma heroína sonhadora e um tanto ingénua que procura ser aceite e integrar a sociedade do mundo que conhece, Northanger Abbey é uma mistura de aventura e crítica. Quando Catherine é apresentada aos Thorpes, tudo o que ela deseja é formar uma boa amizade com Isabella, apesar de não suportar o irmão desta. Por outro lado, da sua genuína afeição aos Tilneys, que é retribuída, resulta uma amizade verdadeira e apesar da mesquinhez de Jonh Thorpe tudo se resolve pelo melhor.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

83ª Feira do Livro de Lisboa!






Parece que vem aí mais uma edição da Feira do Livro no Parque Eduardo VII. Não percam as novidades e aproveitem para adquirir boa companhia para o Verão!