quinta-feira, 29 de maio de 2014

Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes, Augusto Cury





Li este livro há já alguns anos e apesar de não ser o estilo habitual, confesso que me fascinou de um modo que não sei explicar. É simplesmente diferente. Augusto Cury apresenta-nos aqui uma importante reflexão sobre a educação como forma de transformar a sociedade, salientando a importância de incutir hábitos de reflexão, de modo a desenvolver a consciência crítica, a responsabilidade, a capacidade de decisão, a tolerância e, mais do que isso, a capacidade de sonhar e acreditar em si próprio. Apesar de baseado no drama real da escola de Beslan, na Rússia, é um livro que considero de leitura imprescindível, sobretudo para mais novos, para quem foi realmente escrito, considerando que assistimos ou ouvimos falar de situações muito semelhantes quase todos os dias. 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

As Crónicas de Nárnia, C. S. Lewis





Descobri As Crónicas de Nárnia em plena adolescência, depois de todo o êxito que teve a primeira adaptação cinematográfica (do segundo volume, para quem não sabe) e apesar de tudo já os li umas duas vezes, o que é coisa rara; simplesmente gosto de uma boa história de fantasia. Mas não se trata de simples fantasia e sim, de um misto entre conto fantástico, mitológico e de cavalaria, e mito cristão (embora velado está lá, basta saber o que procurar). Escritas de maneira simples, as crónicas narram as aventuras de crianças do mundo real que encontraram Nárnia, uma terra mágica onde nada é o que parece e à qual não se chega duas vezes pelo mesmo caminho. Não creio que alguém a tenha encontrado mesmo ou venha a encontrar, mas a verdade é que precisamos de histórias, tal como precisamos de ar, nem que seja só para passar o tempo. De certeza que os mais pequenos vão adorar se ainda não as leram, afinal, esta obra foi escrita para crianças.

Sapatos de Rebuçado, Joanne Harris





Já tinha ficado encantada com o enredo de Chocolat, mas o ritmo inquietante de The Lollipop Shoes, deixou-me de respiração suspensa, devido à reviravolta que a vida das personagens principais levou. No mesmo registo cativante, neste segundo volume, passados quatro anos depois de Lansquenet, Vianne e Anouk deparam-se com uma escolha entre fugir e lutar e o resultado é surpreendente. Um novo cenário, um novo desafio, uma nova vitória, novas revelações. Sem esquecer a pequena Rosette, tal como Anouk, uma das melhores personagens criança com que me deparei até agora, apesar de ter uma intervenção menos directa. Mais uma vez o amor (e o chocolate) vencem o vento do inverno. Para quem é fã de bons romances e desta autora em particular, recomendo.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Queda de Arthur, J. R. R. Tolkien





Quem afirma que Tolkien foi um grande mestre da palavra escrita decerto não se enganou, porque de facto o trabalho envolvente neste poema (inacabado) é excelente. É certo que existem demasiadas "tradições" ou fontes, demasiadas especulações sobre as lendas arturianas sem que haja consenso entre as mesmas. A forma como o autor decidiu abordar a temática arturiana é, como sempre, muito própria e o facto de escrever o poema no estilo aliterativo, aparentemente arcaico e em desuso, o que obviamente requer um muito maior esforço e dedicação do que outro tipo de texto. Os comentários, observações e notas de Christopher Tolkien em relação a este trabalho inacabado são extremamente interessantes, não só pela contribuição para a compreensão do texto em si, mas também porque traduzem a noção da progressão do trabalho do seu pai. Creio que se Tolikien tivesse terminado este poema, o resultado só poderia ser excelente. 

84ªFeira do Livro de Lisboa 2014!





E está quase, quase a chegar mais uma feira do livro de Lisboa! Com certeza, repleta de novidades e boa-disposição! Não deixem passar esta oportunidade de adquirir novas companhias e aventuras para um Verão repleto de boas leituras. A leitura continua a ser parte fundamental da cultura de qualquer pessoa, além de ser uma actividade relaxante para o cérebro e uma excelente forma de ocupar os tempos livres; por isso recomendo vivamente que seja incentivada desde cedo! 

Leitura de livros digitais não substituiu leitura em papel!



Ora aqui está uma boa notícia:

Leitura de livros digitais não substituiu leitura em papel


"Estudo Internacional conclui que há mudança de paradigma, mas livro em papel continua a dominar

A leitura de livros em formato digital não substituiu a dos livros em papel, mas há uma mudança do paradigma de leitura por causa da Internet, concluiu um estudo português, de âmbito internacional, a divulgar hoje.

Algumas conclusões do estudo, iniciado em 2011, serão apresentadas hoje na Conferência Internacional de Educação, na Fundação Caloste Gulbenkian, em Lisboa, pelo investigador Gustavo Cardoso.

O estudo foi desenvolvido pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) e tem por base um inquérito feito em 16 países, incluindo Portugal, "sobre o que significa ler" na actualidade e como é que os utilizadores de Internet lêem em papel e em digital.

No caso de Portugal, a existência de grandes leitores em formato digital é ainda "incipiente", quando comparada com os restantes países incluídos no inquérito.

Apenas dez por cento dos inquiridos portugueses disseram ter lido mais de oito livros em formato digital ao longo do último ano, quando a amostra global do inquérito se situou nos 30 por cento.

"Tentou-se mapear a mudança. Como é que as pessoas estão a ler hoje, por via de terem adoptado, como forma de leitura, os ecrãs. Quais são as tendências de transformação que estão a tocar as bibliotecas e a relação com este tipo de leitores", antecipou Gustavo Cardoso, aos jornalistas.

No que toca ao mercado livreiro, o investigador referiu que em Portugal "quem está no sector joga à defesa" quando se fala em investimento no livro digital, e que não existe "uma estratégia comum a todos os editores".

O inquérito internacional também permitiu concluir que a leitura digital, em múltiplos suportes - telemóveis, 'tablets', computadores - coexiste com a leitura em papel e que o objecto de leitura inclui, além de livros e jornais, textos em blogs, correio electrónico ou mensagens partilhadas em redes sociais.

Segundo os investigadores do CIES, quem mais lê em digital é também quem mais lê em papel e o leitor actual "lê, escreve e partilha" perante uma comunidade.

O inquérito internacional revela ainda que os que dizem ler livros em formato digital têm um maior nível de escolaridade e relacionam leitura e prazer mais com livros em papel do que em digital.

Os dados permitem ainda verificar que ler livros e jornais em digital é uma actividade tão individualizada quanto a leitura em papel e que os leitores do digital valorizam, por exemplo, a possibilidade de aceder a um motor de busca para pesquisas.

O inquérito foi realizado em países como China, Índia, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Brasil, México, África do Sul, Egipto e Austrália.

Os dados estatísticos permitem perceber, por exemplo, que no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul há mais leitores que leram um livro em digital (79%) do que na Europa (43% - Alemanha, França, Itália, Espanha, Reino Unido e Portugal).

O projecto, cujos dados finais deverão ser disponibilizados no final do ano, foram coordenados pelo investigador Gustavo Cardoso no CIES do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, em parceria com a Fundação Caloste Gulbenkian. Da equipa de investigadores chegou a fazer parte Jorge Barreto Xavier, actual secretário de Estado da Cultura.

Lusa

28/10/2013"

sábado, 10 de maio de 2014

Contos Inacabados de Númenor e da Terra Média, J. R. R. Tolkien





O universo da Terra Média é sem dúvida um sem fim de narrativas, como comprova esta edição compilada por Christopher Tolkien. Em Contos Inacabados de Númenor e da Terra Média, são apresentadas partes de narrativas dispersas que o autor nunca concluiu e que focam acontecimentos maioritariamente anteriores ao 'Senhor dos Anéis, mas também contemporâneos e posteriores. Não costumo "aprimorar" conhecimentos relativos às obras que gosto; confesso que é curioso o que se pode compreender melhor com estas edições e mais acrescento que gostava de saber como terminariam estas narrativas se Tolkien as tivesse terminado.