terça-feira, 28 de abril de 2015

The Portrait of the Artist as a Young Man, James Joyce





No seguimento da abordagem ao trabalho de James Joyce numa cadeira sobre literatura irlandesa, durante a minha licenciatura, dei aso à curiosidade e li este livro, já durante o meu ano de Erasmus. Apesar de todas as (fortes) referências e dilemas religiosos, é uma leitura que se faz razoavelmente bem, tendo em conta que se trata de uma obra um tanto ou quanto biográfica. Joyce é muito reflexivo, o que também se nota consideravelmente em Dubliners, dando à escrita um tom lento, descritivo e inquiridor. À parte o facto deste não ser muito o meu género, acho que vale a pena ler, quanto mais não seja por ser um dos clássicos de uma literatura riquíssima. 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dia Mundial do Livro 2015





Hoje comemora-se o dia mundial do livro e dos direitos de autor. Sim, também existe um dia especialmente dedicado aos livros e ainda bem, porque de certeza que estes fazem muita gente feliz. Este dia dedicado à literatura é tanto um marco cultural importante como uma excelente oportunidade para aproveitar os descontos das editoras e livrarias, renovando a biblioteca lá de casa. São várias a iniciativas, como a sessão de leitura (a decorrer hoje no Chiado) e o bookcrossing da Bertrand ou os descontos especiais da Wook. De que estão à espera? Aproveitem bem este dia e boas leituras!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

85ª Feira do Livro de Lisboa!





Portanto, está em preparação mais uma edição da Feira do Livro de Lisboa. A feira terá lugar entre 28 de Maio e 14 de Julho, no lugar de sempre, o Parque Eduardo VII. Nas palavras da APEL: "Esta 85ª edição promete dar continuidade a um espaço muito apetecível para todos aqueles que passam pelo Parque Eduardo VII em busca das novidades literárias, de um encontro com o seu autor favorito ou, simplesmente passear rodeado por livros". Digamos que é como que o evento do ano para os amantes de livros, como eu, e a oportunidade perfeita para aumentar a biblioteca pessoal! Curiosos? 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Manhã Submersa, Vergílio Ferreira





É a segunda obra que leio de Virgílio Ferreira e mais uma vez, a sua capacidade descritiva deixa-me sem palavras. Não digo que seja dos meus favoritos, mas o tema é propício a reflexões longas. Quantas vezes não damos por nós a seguir o caminho que outros nos destinaram e não aquele que queríamos ter seguido? Quantas vezes não nos sentimos revoltados por nos obrigarem a viver como não cremos? É precisamente isto que está em causa, quando António se vê forçado a ir para o seminário contra a sua vontade. Não só a religião e a morte são abordadas neste romance, mas também o amor próprio, o existencialismo, a adolescência conturbada de dúvidas e revolta; tudo isto de uma maneira profunda sob o uso de palavras carregadas do nosso português que hoje em dia já não se usam tanto. Vale a pena ler e reflectir.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Memorial do Convento, José Saramago






Esta foi outra das minhas leituras escolares de que gostei, não pela franqueza a sagacidade com é é tratado o período histórico, mas também pela construção das personagens, apesar da escrita acelerada de Saramago. A par da história de Baltazar e Blimunda, do sonho da Máquina Voadora, são abordados temas quase esquecidos, mas que são fundamentais para compreender este período histórico: a magnificência do rei D. João V às custas do ouro que vinha do Brasil, que era usado em construções opulentas como o Convento de Mafra, a exploração dos trabalhadores, a caça às bruxas. Mas a singularidade deste livro prende-se também com a critica social escondida nas palavras do autor, que apesar do que dizem, não é assim tão difícil de ler; experimentem!

Falar Verdade a Mentir, Almeida Garrett





Não tenho por hábito ler peças de teatro e nem sempre tomei gosto por leituras obrigatórias do plano escolar, mas confesso que gostei muito desta. Ainda melhor foi assistir à mesma no teatro. Não sei bem por que razão em particular gostei tanto desta peça; talvez pela ironia cómica da sua moral. Porém, é uma comédia muito bem conseguida do nosso caro Almeida Garrett, e seja lá qual fosse o seu propósito na altura, o certo é que provoca no leitor / espectador uma boa dose de gargalhadas. Esta é mais uma daquelas leituras que recomendo vivamente, não só por se tratar de uma obra portuguesa, mas também porque a boa disposição é garantida.