segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Reflexões #5 - Leitura e Escrita





Sim, tenho andado ausente, mas por bons motivos: tenho andado a trabalhar num romance que comecei há cinco anos e infelizmente, ficou em stand-by devido à tese de mestrado. Por isso, só agora tive coragem de pegar nele. O que me traz a uma das minhas poucas resoluções de ano novo, que é não deixar os meus projectos literários para trás. Foi por este e outros motivos alheios à minha vontade que somente ontem consegui publicar uma opinião no blog.

Acontece que vivemos numa sociedade que, tanto quanto compreendo, não permite ler tanto quanto se deseja. Ou seja, existe pouco incentivo à leitura, começando pelo facto de que os livros em Portugal são caros. E é um facto que torna injusta a constatação de que se lê menos; não se lê menos porque não se queira, lê-se menos porque um bom livro custa, regra geral, entre 16 e 20€ ou mais! Há excepções, claro, mas ainda assim, é triste que não se valorize algo tão importante para o enriquecimento cultural de um país, que é a literatura.

Não sei se não será também por falta de incentivo, falta de tempo ou simples desinteresse que os portugueses lêem pouco. Quanto a mim, acho que não há melhor forma de passar o tempo, para além de que já foi provado cientificamente, várias vezes, que ler é uma das melhores formas de manter o cérebro saudável e prevenir doenças como o Alzaimer. Numa perspectiva geral, considero que a leitura é uma rotina importante a ser inserida no nosso quotidiano e quanto mais cedo, melhor!

Portanto, já sabem: leiam, porque ler faz bem à alma e à mente, torna-nos mais ricos e humanos e aproxima-nos dos outros. E pelo caminho incentivem quem amam a ler também, é sempre melhor quando se pode falar sobre livros com alguém que também os entenda! Boas-leituras!

domingo, 22 de janeiro de 2017

Uma Mulher Respeitável, Célia Correia Loureiro





Depois da leitura arrebatadora de A Filha do Barão e de alguns meses de espera, eis que as mais firmes expectativas caíram por terra com a leitura tumultuosa desta nova narrativa da Célia Loureiro! Mais de cinquenta anos volvidos, o misterioso desaparecimento de Amélia parece ser ainda uma incógnita, mas, por outro lado, de onde surgiu Leonor Sanches? Mais uma vez, experienciamos um turbilhão de emoções diversas, cativados pela caracterização consistente das personagens, acompanhando os seus reveses e infortúnios da primeira até à última página.

Apesar da estrutura narrativa não ser tão linear como no livro anterior, a autora mantém a aura de mistério ao longo da história e retratando as agruras irónicas da vida de duas mulheres cujas escolhas da juventude as castigam permanentemente. Mas será mesmo tarde demais para encontrarem paz de espírito? Os acontecimentos deste livro foram contrários à minha perspectiva, isso é ponto assente, mas não deixei de gostar por isso, só não compreendo a escolha da autora quanto ao destino da filha perdida de Mariana e Daniel. Resta agora esperar para saber o desenlace desta intrigante trilogia histórica.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

2017!






Eis que passou mais um ano, repleto de diferentes peripécias, umas melhores que outras, naturalmente, mas com poucos objectivos alcançados. Começa a cansar manter a esperança de que as coisas melhorem quando, se formos a analisar bem a situação, mantém-se tudo na mesma. Para mim, 2016 foi um ano muito pobre em termos de escrita, como se verifica pelo blog, em termos gerais, ou seja, o meu trabalho aqui ficou muito aquém das minhas expectativas iniciais. Porém, há sempre um novo ano para melhorar e 2017 pode ser uma boa oportunidade para o conseguir, mas não prometo nada. Entretanto, votos de boas leituras e de um ano repleto de coisas boas!