Ontem deparei-me com uma publicação sobre um artigo do jornal Público online que me deixou a ranger os dentes de raiva contra a falsidade de uma sociedade que se diz livre e igualitária, mas não o é em aspecto algum. Neste caso em particular no que diz respeito às disparidades salariais entre homens e mulheres. É um facto que, seja em que área do mercado de trabalho for, as mulheres ganham menos do que os homens - esta realidade é vergonhosa, mas está comprovada - o que também se reflecte no mundo editorial.
Eu estava consciente de que há muito machismo também no mundo da literatura, só nunca pensei que a situação fosse assim tão ultrajante, sobretudo porque como mulher, escritora e ser humano, acredito que as mulheres são tão ou mais capazes do que os homens de escrever boa literatura, capacidade essa que não tem feito outra coisa desde há três séculos senão dar provas da sua excelente qualidade!
Para mim é inadmissível que esta discriminação continue a ser permitida e perpetrada pela sociedade moderna em geral, seja em Portugal, seja no resto do mundo. Por isso, meninas, se querem ser escritoras, sejam, tornem-se as melhores escritoras que conseguirem e abram os olhos daqueles que vos rodeiam com a vossa escrita, e escrevam sempre, até sentirem que a escrita é sublime e excelente porque vocês trabalharam para isso. e assim, vamos provar aos homens que somos muito melhores escritoras do que eles, porque nos empenhamos com mais dedicação e damos o nosso melhor sem no importarmos com com o que pensam de nós e porque para escrever bem há que ter coragem para o fazer, coisa que nós temos de sobra!