sábado, 20 de maio de 2017

87ª Feira do Livro!





Olá! Bem sei que tenho andado ausente e que é em cima da hora, mas aproxima-se mais uma edição da Feira do Livro de Lisboa, no sítio do costume. Este ano a feira decorre entre 1 e 18 de Junho e ao que parece, está ainda maior e melhor. Vamos ter mais autores, mais editoras, mais livros, mais feira do livro para um início de Verão em grande. Afinal, trata-se da 87ª edição deste evento literário tão especial. Da minha parte, sei que quero muito passar por lá, mas ainda não sei quando. Fiquem atentos ao blog!

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Pedaços de Escrita #56





Depois do calor inesperado e despropositado, veio aquela chuvada fria, carregada de nuvens sombrias e de mau augúrio. Desceu a temperatura abruptamente, desnorteando o termóstato biológico de toda a gente: ora se sente calor, ora se sente frio! É uma doidice pegada quando a chuva chega na altura errada, dando aso a um ininterrupto chove, faz sol, chove, faz sol, sem lógica nenhuma.

Já nada é certo como antigamente: o frio no Inverno, o ameno na Primavera e no Outono e o calor no Verão. O que aconteceu ao tempo para andar todo trocado? São as incongruências da nossa era, as consequências das más decisões e das trafulhices que os ricos e poderosos fazem, apenas para se tornarem mais ricos e poderosos, ao invés de empreenderem esforços conjuntos na preservação do equilíbrio natural, tão essencial à coexistência entre o Homem e a Natureza.

As boas acções são cada vez mais raras, conforme aumenta o egocentrismo e o narcisismo. A juventude de hoje já não se contenta com a simplicidade que o mundo tem para oferecer e complica a felicidade ao desejar igualar os seus pares, em vez de abraçar a diferença. O que se passa com as famílias e as escolas, cujos princípios parecem desmoronar-se? Anda tudo às avessas e já ninguém conversa sem ser através da tecnologia, demasiado acessível e evolutiva, mesmo nociva! Afinal, o que se passa com o mundo em geral e com as pessoas em particular, que já não sabem apreciar a beleza das pequenas coisas que lhes surgem diante dos olhos? Será desejar demais que nos tratemos como iguais, sem medos e sem constrangimentos?

Deixemo-nos de palavras não cumpridas e de utopias, mudemos as regras agora, porque está na hora de fazer o que manda o coração! Chega de infantilidades e cobardias, há que ter coragem de ser feliz e de o ser hoje, agora, neste momento, porque o passado já foi, não o podemos mudar, mas o futuro incerto só depende dos passos que damos no presente.

Reflexões #8 - Tentar, Falhar, Tentar, Conseguir





Quantas e quantas vezes nos apercebemos que todos os dias travamos uma constante luta de vontades que perdemos sempre? Quantas e quantas vezes nos dizem que os falhanços fazem parte da vida e só nos fortalecem? E quantas e quantas vezes insistimos no mesmo caminho?

Ou seja, imbuem-nos a noção de que o que importa é o gesto de tentar, ou ir tentando, melhor dizendo, até alcançarmos o objectivo pretendido. No fundo, transmitem-nos a ideia de que aquilo que nos estiver destinado há-de surgir na nossa vida mais cedo ou mais tarde. Porém, ter fé ou acreditar neste género de perspectiva, ou forma de pensar, não é assim tão fácil para quem tem tendência a cair no pessimismo e na autocomiseração. Estes são dois aspectos que ainda estou a tentar resolver para ser mais feliz, tal como aprender a relativizar.

É um ciclo vicioso difícil de quebrar, mas que se torna minimamente suportável devido à existência daquela vozinha insistente que me impede de desistir dos meus sonhos. É por essa razão que o pequeno poema que escrevi há poucos dias talvez seja o último da minha antologia poética: porque me cansei de ficar calada, porque quero que o mundo oiça o que tenho a dizer, uma vez por todas! E depois seja como a providencia determinar, porque pelo menos tentei.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Filhos do Vento e do Mar, Sandra Carvalho





Eis que, três desesperantes anos depois, surge a tão aguardada continuação de O Olhar do Açor; mais posso dizer que o desenlace vem no seu encalço dentro de um mês! É completamente impossível resistir e ficar indiferente à escrita de Sandra Carvalho e este volume, carregado de atribulações, revelações, mal-entendidos, narra a viagem na qual, em parte, Leonor e Guida se vêem forçadas a embarcar para sobreviver. É então que Leonor descobre capacidades que desconhecia, à medida que descobre que, de certo modo, a sua história se entrelaça com a dos piratas que tanta aversão lhe causavam, tornando-se mais forte ao abraçar o legado paterno; ao passo que Guida se torna medrosa e cautelosa demais, tornando quase excessivo o seu ensejo de proteger a amiga. Agora que a verdade foi revelada, o que será que irá acontecer antes do fim da viagem? Tomara que a providência do destino não se engane e o próximo volume leve esta história a bom porto!