sábado, 28 de fevereiro de 2015

Entre o Agora e o Sempre, J. A. Redmerski





Se já com Entre o Agora o e Nunca me senti arrebatada, não podia esperar melhor sequela! Perante a tragédia que ameaça ensombrar e erguer a dúvida sobre a sua felicidade, Andrew e Camryn regressam à estrada sem planos, no intuito de se refazerem do choque. Após aventuras e desventuras, conquistam a oportunidade de viver de acordo com a sua vontade e realizar os seus sonhos. Simplesmente arrebatador e sincero, este é mais um dos meus grandes favoritos, que mais uma vez inspira a sonhar com viagens para lugares diferentes e a lutar para não nos acomodármos àquilo que a sociedade espera de nós. Redmerski conseguiu uma narrativa profunda que prende os sentidos do leitor desde o primeiro instante; este é o fim de um ciclo e princípio de muitos outros.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Pedaços de Escrita #18






Havia uma canção que a minha mãe costumava cantar-me. Ela dizia que a canção conta a nossa história; a nossa verdadeira história, desde a era dos heróis até aos nossos dias, totalmente passados na estrada. Os bons velhos tempos, a viajar sempre para onde quer que o vento nos levasse. Isso aconteceu na altura em que eu tentava definir-me e ao meu lugar no mundo; foi nessa altura que eu percebi como tinha sorte por estar sempre na estrada. A mãe disse-me uma vez que viajar não seria uma alegria constante, e eu poderia ficar cansada e desejar assentar, que era normal se o fizesse. Eu não imaginava que isso acontecesse, mas a verdade é que depois de ambos os meus pais terem partido, a vida na estrada perdeu o encanto e a alegria. Bem, mais tarde, voltei a encontrar a felicidade com o Caleb e os gémeos, e volto à estrada com eles de vez em quando, quando a vida se torna aborrecida demais para nós. É o que a mãe chamava de aproveitar para viver o momento, onde quer que o vento nos leve e é maravilhoso.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Teodora, Luísa Fortes da Cunha






Escrita com a mestria de contador de histórias, a saga da Teodora acompanhou-me durante grande parte da minha adolescência e ainda hoje tenho um carinho imenso pela jovem fada. De momento estão publicados quinze livros e parece que o próximo já está a caminho. A Teodora é a prova provada (entre outros) de que também existe boa fantasia em português e espero, sinceramente que a saga esteja para durar mais algum tempo, embora mal possa esperar para saber o desfecho. Desde o início que esta obra se revelou um fenómeno literário da literatura infanto-juvenil e está traduzida em várias línguas, para além de que faz parte do plano nacional de leitura. Assim, não posso deixar de recomendar a leitura e releitura de uma saga maravilhosa, com a qual o leitor visita um lugar diferente a cada novo livro, sobretudo se quiserem motivar os mais novos a ler!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Pedaços de Escrita #17





Amor. Falamos de amor com tal leviandade, por vezes, que não sabemos exactamente do que estamos a falar. Quando se fala em amor, pensa-se nas coisas que se conhece e ama; sobretudo, sobre aquela pessoa especial. Pensamos no que o amor significa para nós. E em certas alturas sentimo-lo à nossa volta, como se fosse um suave murmúrio trazido pelo vento; outras vezes, está mesmo debaixo do nosso nariz e não o vemos. Mas na verdade, o amor está ou deveria estar em todo o lado: nas pequenas coisas do quotidiano, nos defeitos daquela pessoa, na imperfeição pessoal, na simplicidade da natureza. Só que não está, porque as pessoas continuam a ser demasiado egoístas e não têm o cuidado de olhar em volta com clareza, sem pensarem em amar alguém ou serem amadas por alguém. É triste, mas é a verdade: não existe amor suficiente no mundo para o simplificar, ou pelos ainda não. Se algum dia haverá, quem sabe?