segunda-feira, 30 de abril de 2018

88ª Feira do Livro de Lisboa!






Como vem sendo hábito desde há cinco anos, venho por esta altura lembrar-vos de que está quase a chegar a Feira do Livro de Lisboa, que entra na sua 88ª edição este ano. Para além de ser uma excelente oportunidade de passar bons momentos em família e entre amigos, é também, para alguns a oportunidade perfeita para conhecer alguns autores e levar para casa uns exemplares autografados. Na minha opinião é sempre o evento literário do ano, mas este ano vai ser ainda mais especial. Fiquem atentos ao blog, porque em breve haverá novidades sobre isto.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Dia Mundial do Livro 2018






Portanto, hoje comemora-se mais um Dia Mundial do Livro e não podia deixar passar a oportunidade, como leitora e como escritora, de vos relembrar de como a leitura e importante a todos os níveis, porque ao ler não só viajamos para outros lugares e evadimo-nos por momentos da realidade, como estimulamos a nossa memória e outras áreas do cérebro. Para além disso, a leitura faculta-nos, por vezes, a capacidade de entender melhor as pessoas. Por isso, desafio-vos a celebrar este dia com um livro, de preferência novinho em folha (e porque não uma antologia poética, por exemplo, a minha: Este Mundo e o Outro?), ou então com a re-leitura de um dos vossos preferidos. E não se esqueçam de partilhar o vosso amor pela leitura com a família e os amigos! 

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Pedaços de Escrita #61





Aquilo a que chamam jogos de azar também podem ser jogos de sorte, se soubermos jogar. Claro está que para isso é preciso ser paciente e esperar, mas as pessoas, de forma geral, já não sabem fazer isso, o que é uma pena. Querem tudo no agora , têm medo do ontem e do amanhã; coitadas, esqueceram-se do que é viver! Viver não é correr de compromisso em compromisso sem estar realmente em parte alguma, não é trabalhar todos os dias até altas horas da noite sem se aproveitar tempo com a família, não é dizer que não se tem tempo para os amigos e etc.

Viver é apreciar as pequenas coisas, é respirar um dia de cada vez, é celebrar com quem amamos, é conquistar os sonhos, vivê-los e sonhar outros, é estar em constante harmonia connosco e com os outros, é saber respeitar a Natureza - isso sim é viver bem! Porque o importante é o que fazemos com o tempo que temos sem que haja espaço para arrependimentos: para uns basta um salto de fé , para outros é preciso ganhar coragem e tomar um fôlego de ousadia para serem felizes.

E essa é a questão: a eterna busca pela felicidade, que num momento parece tangível e no seguinte escapa-nos por entre os dedos. E será que vale a pena procurar infrutiferamente algo tão efémero? Não, claro que não, porque a felicidade não se encontra debaixo das pedras da calçada; a felicidade constrói-se todos os dias com a realização pessoal, para a qual devemos trabalhar afincadamente. No fundo, é só mais uma conquista, aquela que muito poucos são capazes de alcançar.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Reflexões #19 - Apoiar a Literatura Lusófona





Agora que faço oficialmente parte do mundo da escrita, posso afirmar com conhecimento de causa que não é fácil ser um(a) autor(a) recente no mercado português, por todas as razões e mais algumas (as quais providenciariam uma lista demasiado longa para serem aqui enumeradas). Para além disso, tenho constatado que a maioria das pessoas que almejam escrever um livro ou não têm a devida preparação (acham que basta escrever as ideias conforme estas lhes surgem) ou, por outro lado, acabam por deixar a ideia de lado por terem medo de arriscar e serem rejeitadas.

Para mim nem uma coisa nem outra fazem sentido. Primeiro, porque quem quer realmente enveredar por esta vocação, fá-lo de corpo e alma; segundo, porque adquire desde cedo o hábito de trabalhar a escrita. Esta é a questão-chave de se ser um(a) bom(a) escritor(a): não basta escrever, há que trabalhar e melhorar um pouco de cada vez, procurando exercitar a escrita com a maior regularidade possível e ser paciente ao escrever, de modo a que cada projecto receba a atenção devida. Li recentemente alguns blog posts sobre isto e concordo plenamente com os autores quando afirmam que para escrever bem é necessário trabalhar disciplinadamente todos os dias. Para isso devemos definir metas / objectivos / prazos (aquilo que funcionar melhor para cada um) e cumpri-los em vez de procastinar!

Seguir o exemplo e os conselhos de um autor que admiram pode ser um bom ponto de partida, mas tenham em atenção que me refiro a autores verdadeiros, daqueles que efectivamente escrevem literatura e não daquelas pessoas cujo mediatismo vos leva a ler somente os livros delas, sem as mesmas terem comprovado o seu valor literário! Por isso vos peço: por favor, apoiem aqueles autores que realmente merecem crédito pelo seu trabalho, até porque há muito bons autores portugueses, veteranos e novatos que precisam desse reconhecimento.

Leiam e partilhem o trabalho dos autores que ficam na sombra, mas sobretudo leiam os novos autores portugueses! E se quiserem escrever, escrevam a sério, reescrevendo e lendo o vosso trabalho, escrevam todos os dias e assumam-se como escritores.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Reflexões #18 - Desfazamento Cultural





Ultimamente, tenho-me apercebido de que há muita coisa deturpada a nível cultural na nossa sociedade portuguesa, o que me levou a indagar: Afinal o que aconteceu à nossa cultura, que era tão rica em tradições e que agora não passa de um fantasma? Se a nossa cultura faz parte da nossa identidade enquanto povo e país, então por que razão não a preservamos e cultivamos? Porque é que a deixamos degradar-se diante dos nossos olhos?

Não falo somente acerca da controversa questão dos apoios às artes que tanta discussão tem gerado, segundo as notícias mais recentes, mas também sobre todos os outros aspectos! Irrita-me profundamente o aparente desprezo e indiferença demonstrados para com aquilo que é uma das bases fundamentais da nossa existência enquanto nação individual. É por isso que, como cidadã e como escritora, não posso tolerar este comportamento desrespeitoso para com a cultura portuguesa cultivada pelos nossos antepassados ao longo de gerações.

Acontece que, por exemplo, mesmo as tradições mais emblemáticas da passagem do ano, como a Páscoa e o Natal, alturas em que se deveria prezar estar em família, celebrar e agradecer as benesses da vida, chegaram aos dias de hoje tão deturpadas que duvido que alguém saiba a sua devida origem. Mas, mais uma vez, para que a situação mude, tem de haver força de vontade de parte a parte, pois é preciso que todos para o objectivo comum; infelizmente, dado o actual estado das coisas, esse passo importantíssimo está ainda muito longe de acontecer. Resta-nos, talvez, esperar que alguém reclame para si a coragem de avançar e chamar quem de direito à razão, porque isto assim não pode continuar, não podemos viver com uma cultura desvalorizada!

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Top 25 Recomendações!





Olá! Há algum tempo que estou para escrever este post sobre algumas das leituras que gostaria de recomendar pessoalmente. Não tenho por hábito fazê-lo, mas acho que de vez em quando também é preciso. Assim, passo a apresentar o meu Top 30 dos livros que na minha opinião todos deveriam ter oportunidade de ler, pelo menos uma vez na vida:


1 - História de Uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar, de Luís Sepúlveda, que nos conta uma história de amizade entre dois seres diferentes que nos ensina a aceitar a diferença como elemento natural do mundo que nos rodeia;


 2 - Aparição, de Virgílio Ferreira, foi um livro que, apesar de debater filosofias existencialistas, me tocou por diferentes motivos, mas sobretudo no que diz respeito à dor da perda e ao processo do luto;


 3 - Very Good Lives, o famoso discurso de J. K. Rowling, que nos confronta com a dura realidade do pós-faculdade, aquele período em que andamos todos um bocado perdido, julgo eu; pelo menos foi o que senti (e ainda sinto!);


 4 - O Filósofo e o Lobo, de Mark Rowlands, uma narrativa sincera e sentida que nos leva a reflectir sobre a nossa relação com o mundo natural e connosco próprios enquanto seres humanos. Afinal, o que sabemos nós sobre as leis naturais?


 5 - The Christmas Magic, de Cathy Kelly, é uma maravilhosa colecção de contos sobre as vicissitudes e adversidades da vida que todas nós, mulheres, enfrentamos todos os dias e em todas as relações que mantemos com as pessoas que nos rodeiam. Relembra-nos que o importante é manter o espírito, sobretudo durante the most wonderful time of the year!


 6 - Sense and Sensibility, de Jane Austen, cujo estilo irónico reflecte bem a intenção crítica da autora face aos valores obsoletos da sociedade do seu tempo;


 7 - Pride and Prejudice, de Jane Austen, cuja sagacidade e frontalidade reflecte a possibilidade de superar diferenças de opinião e de valores, mas que também confronta a realidade da condição feminina durante o século XIX;


 8 - Little Women, de Louisa May Alcott, que nos ensina a olhar em volta e pensar em tudo o que a vida tem de bom; em como somos recompensados quando tomamos a atitude certa e em como nem tudo se resume aos bens materiais: a vida é muito mais do que isso; é a partilha, o encontrar esplendor nas pequenas coisas, é viver um dia de cada vez;


 9 - Peter Pan, de J. M. Barrie, uma das minhas histórias favoritas, embora já o tenha lido tarde; um dos eternos clássicos sobre a infância que relembra a importância da imaginação e do deslumbramento de descobrir o mundo;


 10 - The Hobbit, de J. R. R. Tolkien, a história de como a vida tranquila e rotineira de Bilbo Baggins foi interrompida por uma aventura extraordinária que o levou a descobrir-se capaz de fazer e dizer coisas completamente inesperadas; 


 11 - Alma Rebelde, de Carla M. Soares, um dos melhores romances históricos da literatura portuguesa contemporânea, que aborda a questão da condição da mulher e as consequências dos casamentos combinados, a ascensão social e a glória antiquada;


 12 - Harry Potter, de J. K. Rowling, incontornável e intemporal, a história do rapaz que sobreviveu à maior das crueldades contra todas as probabilidades e se tornou um herói para a comunidade de feiticeiros, que encantou uma geração e continua a deslumbrar miúdos e graúdos;


 13 - As Crónicas de Nárnia, de C. S. Lweis, um dos melhores clássicos da literatura infanto-juvenil cuja semelhança com os romance de cavalaria e a evocação da mitologia cristã, nos apresenta uma história fantástica de lealdade, fé e confiança;


 14 - A Saga das Pedras Mágicas, de Sandra Carvalho, uma das melhores sagas do high fantasy português, um género que começa agora a dar cartas, mas tem ainda muito por que lutar;


 15 - O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, o grande fenómeno da literatura inglesa que me maravilhou aos vinte anos, uma das poucas narrativas que me transportaram para dentro da história;


 16 - A saga de Sevenwaters, de Juliet Marillier, onde mergulhamos numa viagem maravilhosa pelas tradições da Irlanda antiga, um misto de aventura e deslumbramento, tal como acontece nas restantes obras desta autora;


 17 - Crónicas da Terra e do Mar, de Sandra Carvalho, cujo intercalar de um dos momentos mais marcantes da nossa História com uma história fantástica e empolgante, fascinante do princípio ao fim;


 18 - Chocolat, de Joanne Harris, uma das trilogias mais envolventes sobre as tradições antigas daquilo a que tão levianamente chamamos magia, à msitura com os sabores e os sabores que se escondem por detrás da arte de fazer chocolate;


 19 - This is not the end of the Book, de Jean-Philippe de Tonnac, o qual conduz uma interessante conversa entre Umberto Eco e Jean-Claude Carrièr sobre o futuro e a sobrevivência do livro na era tecnológica em que vivemos;


 20 - A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez, uma narrativa que ilustra de forma eloquente o modo como as más experiências podem influenciar a nossa vida e como a perda pode ser dificil de compreender quando é impossível aceitar as razões que levaram a essa perda;


 21 - Teodora, de Luísa Fortes da Cunhas, uma das melhores histórias de fantasia em bom português: aventura, mistério, enigmas e tradição...vale mesmo a pena descobrir as maravilhas que se escondem por detrás do sétimo carvalho! 


 22 - O Cavalheiro Inglês, de Carla M. Soares, é um romance muito divertido mesmo atendendo à época a que alude, repleto de peripécias familiares, sociais, amorosas, enternecedoras e inquietantes, que acompanham o crescimento e desabrochar da protagonista face ao mundo que a rodeia;


 23 - A Filha do Barão, de Célia Loureiro, para além de realçar um dos grandes marcos da nossa História (as invasões franceses), é uma história de amor que retrata uma época em que a condição da mulher era, sob todos os aspectos, revoltante, e que insinua uma certa esperança na crença de um amor verdadeiro e duradouro;


 24 - A Livraria dos Destinos, Veronica Henry, tanto nos fala de amor e amizade como de perda e superação, honestidade e falsidade, repleto de personagens fielmente humanas, às quais é impossível ficar indiferente;


 25 - Os Imperfeitos, Cecelia Ahern, mostra-nos que o conceito de perfeição é ilusório, contraditório e inexistente. A alegoria perfeita para uma questão que, sinceramente, permanece por responder: o que é a perfeição?