Da última vez que escrevi, apesar de ser tudo sentido, deixei-me levar um bocado pela frustração, da qual às vezes também precisamos. Digo isto porque acredito que temos, uns mais do que outros, a necessidade intrínseca de processar as nossas emoções, de as digerir, e esse processo nem sempre é fácil, demora o seu tempo. Pelo menos é o acontece comigo, quando, por vezes, o que sinto é tão forte e excessivo que preciso de um determinado tempo e espaço para processar, ou seja, parar para respirar e pensar nas minhas hipóteses de escolha. Nos últimos tempos apercebi-me de que o mais importante é acreditarmos na concretização dos nossos objectivos; para tal temos de confiar nas nossas capacidades e não desistirmos nunca daquilo que realmente nos realiza. Quer dizer, se pensarmos bem, a maioria das pessoas passa metade da vida à procura daquilo de que realmente gosta e são muito poucos aqueles que, antes dos 20 anos, sabem concretamente o que querem fazer na vida.
Eu sempre disse que queria ser escritora e preparei-me o melhor que podia, sempre consciente de que no nosso país isso quase não é considerado uma profissão, é encarado somente como vocação, o que é uma ideia errada daquilo que é ser escritor. Todavia, não é isso que me vai impedir de chegar onde quero, até porque aprendi desde cedo a não desistir. Ninguém está à espera que a vida seja um mar de rosas (a não ser que nunca ultrapassem a fase da ingenuidade, claro), mas era muito melhor se não o país não estivesse a ser gerido sob um gigantesco conflito de interesses e cada um tivesse a hipótese (e a sorte) de trabalhar naquilo que gosta, de decidir livremente como investir o seu tempo; mas no entanto, não passamos de um povo cobarde e resignado que não se esforça para mudar a situação. Porém, se houver alguém que acredite que é possível, a mudança acontece, mesmo que seja a coisa mais ínfima e insignificante, pelo menos é um principio e é o quanto basta para que o inesperado aconteça quando menos se espera.
Eu sempre disse que queria ser escritora e preparei-me o melhor que podia, sempre consciente de que no nosso país isso quase não é considerado uma profissão, é encarado somente como vocação, o que é uma ideia errada daquilo que é ser escritor. Todavia, não é isso que me vai impedir de chegar onde quero, até porque aprendi desde cedo a não desistir. Ninguém está à espera que a vida seja um mar de rosas (a não ser que nunca ultrapassem a fase da ingenuidade, claro), mas era muito melhor se não o país não estivesse a ser gerido sob um gigantesco conflito de interesses e cada um tivesse a hipótese (e a sorte) de trabalhar naquilo que gosta, de decidir livremente como investir o seu tempo; mas no entanto, não passamos de um povo cobarde e resignado que não se esforça para mudar a situação. Porém, se houver alguém que acredite que é possível, a mudança acontece, mesmo que seja a coisa mais ínfima e insignificante, pelo menos é um principio e é o quanto basta para que o inesperado aconteça quando menos se espera.