segunda-feira, 23 de julho de 2018

Sobre a Minha Entrevista na Rádio!





Olá leitores! Tal como vos disse na segunda-feira passada, este Sábado estive em directo no estúdio da RDS Rádio e KFM para falar sobre mim e sobre o meu livro, Este Mundo e o Outro. Tratou-se de uma conversa semi-informal com o Carlos Pinto Costa, que durou cerca de uma hora e que incidiu sobre mim, o meu livro e a literatura. 

Foi mais uma experiência boa a acrescentar ao meu percurso como autora, para além de ser a primeira entrevista oficial! Espero que tenham ouvido e gostado, mas sobretudo espero ter-vos aguçado o apetite pela poesia e pelo meu tralho em particular, claro! Agora é esperar para ver o que acontece a seguir... Let's do the magic work, shall we?

terça-feira, 17 de julho de 2018

Reflexões #22 - Os Livros





Nos últimos tempos tenho pensado e falado muito sobre livros, tanto como escritora como leitora. Primeiro, relativamente ao que posso fazer para catapultar o meu livro e a minha carreira literária, segundo, para satisfazer a minha necessidade intelectual de absorver novas estórias. Porém, tenho constatado que o nosso mercado livreiro ou literário é uma faca de dois gumes, pois se por um lado parece haver cada vez mais editoras (e autores) a competir entre si pela atenção do público leitor, por outro, o público leitor parece cada vez mais reduzido ou desinteressado. Das duas, uma: ou não há incentivo suficiente junto dos mais novos, nem interesse da parte dos mais velhos, ou os preços são realmente os grande dissuasores, quer de leitores "veteranos" quer de novos leitores.

 É injusto, tanto para quem lê como para quem escreve (recordo que a maioria dos autores recebe quase sempre a percentagem mais baixa dos lucros de um livro, o que é um facto). Mas pondo as questões económicas de parte, tenho pensado nos livros de uma forma mais sentimental, porque aqui há uns tempos, passei por uma livraria e  recordei-me dos primeiros livros que li enquanto leitora autónoma e deu-me vontade de os reler só pelo gozo. Estou a falar da colecção Uma Aventura, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, que foi a grande responsável pelo meu deslumbramento com a leitura. Li Uma Aventura nas Férias de Natal, algures no 3ºano, e a partir daí já não houve retorno, porque comecei a querer ler cada vez mais. É curioso como um acto tão simples se torna fascinante e indispensável para a nossa vida como respirar.

Os livros tornaram-se o meu porto seguro durante a adolescência, aquele lugar só meu onde não tinha que lutar e fingir para me integrar. No fundo, os livros fizeram de mim a pessoa que sou hoje, foram os amigos que não tive numa fase crucial da minha formação enquanto ser social e continuam a ser a âncora que me prende à realidade. Creio que também é importante ter em conta  que a maior parte dos autores são leitores antes de serem escritores; parte do processo evolutivo da escrita passa por aí e, por isso, os escritores reconhecem-se uns aos outros com maior facilidade, inspiram-se e corrigem-se quando é caso disso.

Tendo tudo isto em conta, penso que hoje em dia as pessoas se esquecem que um livro é um tesouro incalculável, uma vez que a palavra escrita é a maior conquista do conhecimento humano. É maravilhoso o que um único livro pode fazer por nós! Sim, basta um livro para mudar a nossa perspectiva sobre muitas coisas e quem não cultiva, em si e nos outros, o hábito de ler não faz ideia da riqueza cultural que perde. Acresce a tudo isto o facto de haver muitas opções alternativas no mercado em termos tecnológicos, como os leitores digitais, mais fáceis de transportar, sem dúvida, e que ganharam adeptos nos últimos anos. Mas a maioria dos leitores (espero não estar enganada) prefere ainda sentir o livro-objecto nas mãos, a sensação de folhear e o cheiro do papel, bem como arrumá-lo numa prateleira para o ter sempre à mão. 

Daí que talvez fosse sensato tornar os livros mais acessíveis a quem realmente quer ler. No que me diz respeito só não leio mais porque não posso comprar tantos livros como gostaria; caso contrário, era bem capaz de ler uns quatro ou cinco por mês todos os anos.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Vou À Rádio!





Olá queridos leitores! Como estão? Espero que estejam a ter um bom, senão mesmo óptimo, Verão, cheio de leituras! 

Digamos que o meu tem sido razoavelmente interessante, preocupações e problemas à parte, e por isso tenho uma novidade para vocês: 

Vou estar em directo na rádio Livros Rds/radio, no próximo Sábado dia 21, depois das 16h, para falar sobre o meu trabalho como escritora, nomeadamente sobre o meu livro Este Mundo e o Outro. Se ainda não tiveram oportunidade, aproveitem para encomendar o vosso exemplar autografado.

Podem ouvir através do rádio em 87.6 FM ou 92.2 FMSe perderem o programa, não se preocupem, podem sempre ouvir mais tarde em www.kfm.pt ou http://www.rds.pt/rds-online.html.

Bem-haja.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Dançando sobre Vidro, Ka Hancock





Confesso que fiquei um pouco assombrada com a leitura deste livro, por retratar um cenário duro e repleto de emoções fortes e que, apesar de se tratar de uma estória ficcionada, transpira realismo. A verdade é que custa a acreditar que exista um amor assim tão forte, capaz de resistir à sentença cruel de um historial de cancro da mama e de bipolaridade, onde aparentemente não há espaço para a normalidade. Apesar tudo, esta dança contra o tempo e o destino, faz parar para pensar qual será, de facto, o nosso papel na vida do outro e vice-versa, mas também no quão mesquinhas podem ser as vicissitudes da vida, que nos relembram constantemente quão precioso é o nosso tempo e que só depende de nós qual será o nosso legado. Para além disso, faz-nos repensar o significado do Amor, que nos livros nos parece sempre tão certo e tão puro, fácil de assimilar, mas na realidade é muito mais difícil de definir e aceitar.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Reflexões #21 - Inspiração





Desde há umas décadas para cá que assistimos à formação de uma geração ou crescendo de gerações cada vez mais consumistas, resignadas, preguiçosas, egoístas, gananciosas, invejosas e falsas, que desistiram simplesmente de lutar por um futuro melhor. Para além disso, o sistema de ensino está caduco e inadequado às necessidades modernas e a educação familiar é quase inexistente porque as crianças já não sabem ser crianças e os jovens não têm respeito seja por quem for.

E onde fica a inspiração no meio disto? Não fica; desaparece, porque para sermos capazes de inspirar alguém, temos primeiro de nos inspirar a nós próprios, o que se torna gradualmente mais difícil de alcançar nos dias que correm, seja em que área for. A comunidade em geral desistiu de apreciar as coisas mais pequenas e mais puras da vida. Não digo que haja uma total falta de inspiração, apenas creio que acontece com muito menos frequência e aceito que possa ser somente uma distorção da minha percepção em relação ao que me é transmitido pelo que me rodeia.

A inspiração não acontece por acaso, tem de ser procurada com afinco e encontrada todos os dias. Mesmo quando não temos qualquer ensejo de o fazer. Quando me sinto mais necessitada de inspiração para escrever tento, sempre que possível, fazer um detox da rotina: ir passear ou passar um fim de semana fora, tal como fiz no fim do mês passado. Confesso que apesar de não ter sido perfeito, ajudou-me a recalibrar as energias e a organizar as ideias, daí que tenha resolvido dar um refresh ao template do blog (já agora, o que acham, está mais leve, certo?). Todos os pequenos momentos e detalhes podem ser uma fonte de inspiração, nunca se sabe o que vai aparecer no caminho, basta prestar atenção e aproveitar ao máximo.