segunda-feira, 3 de março de 2014

A Dama das Camélias, Alexandre Dumas (filho)





Há já algum tempo que tinha curiosidade em ler este livro e houve por fim ocasião para o fazer. Numa perspectiva narrativa muito diferente da que encontramos na escrita de Alexandre Dumas pai, A Dama das Camélias narra a triste história de Margarida Gautier, uma mulher cujo o estilo de vida lhe dava o título de "mulher da vida" ou de acompanhante de luxo à época em Paris, a par com a imagem da alcoviteira apresentada pela Sra. Devunoy.  No fundo, a narrativa retrata uma sociedade um tanto ou quanto ociosa, presa no vício e no exagero, mas é precisamente nomeio de tudo isso que surge um amor inconcebível, de um homem com o futuro pela frente e uma mulher que vive nos extremos do divertimento, do luxo e da luxúria, a qual acaba por abdicar desse mesmo romance, pelo qual se dispunha a prescindir da sua antiga vida. O estilo de escrita é diferente, mas fluído e rápido, percebendo-se as variações de perspectiva, sempre na primeira pessoa, e apesar de esta não ser uma obra que me tenha deslumbrado nem inspirado ou algo do género, também não me entediou. Creio que a realidade da vida que Margarida levava fosse quase banal na época, tão enraizado estava esse aspecto; igualmente não me parece que o autor tenda a criticar os maus hábitos da sociedade parisiense que o rodeava, antes limita-se a contar a história.

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