sábado, 8 de agosto de 2015

Pedaços de Escrita #36





O vento cálido e fresco que entra pela janela na manhã quente de Agosto, o lento passar das horas e a languidez do sol sobre o céu azul brilhante, a calmaria que sugere um tempo de não fazer nada; mas não pode ser, ainda há muito trabalho para fazer e um suspiro de resignação escapa-se-lhe dos lábios, enquanto volta costas ao bucolismo que avista pela janela todos os dias. Os tempos de brincadeira na floresta já lá vão, agora é altura de assumir responsabilidades. Mas sonhar não faz mal a ninguém, pois não? Às vezes também é preciso.

O dia vai passando e o sol vai baixo quando finalmente dá o trabalho por terminado; é tarde, mas ainda há tempo para um passeio antes da ceia. Assim, de xaile pelos ombros, percorre o caminho solitário até ao rio, saboreando a luz pálida e o ar fresco da tarde, encontrando os irmãos e o namorado no caminho. Seguem todos juntos, tagarelando incessantemente, relembrando os dias simples da infância, fazendo planos para o agora e o amanhã. Ah, como um simples passeio é tão gratificante quando se mantém a simplicidade das coisas quotidianas! Ao crepúsculo, regressam devagar e calados, mas de sorriso no rosto e coração cheio, ansiando pelas possibilidades do amanhã.

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