quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A Casa Redonda, Louise Erdrich





Quando um livro, além de best-seller, é também premiado deve ser mesmo bom. Não costumo ler livros premiados, nem os escolho por isso; escolho-os consoante aquilo que me chama à atenção na sinopse ou consoante o tema. Para além disso, e que me lembre, não há muitas obras que tenham por base um contexto de factos verídicos. Este livro retrata temas muito fortes de uma forma um tanto ou quanto simplista e incompleta, como é natural da perspectiva de um miúdo de treze anos que a autora nos apresenta. Por outro lado, o facto de evocar a complexidade as questões legais (e não só) em relação às reservas onde vivem os indíos norte-americanos, que ainda hoje provocam tensão nos EUA, chama à atenção para a necessidade de soluções para determinados problemas que não se resolverão se a comunidade continuar a fingir que está tudo bem; isto porque o racismo e a violência contra as mulheres continuam a ser problemas sociais presentes no mundo contemporâneo e estão longe de ter um fim à vista. Esta é uma obra que proporciona uma leitura reflexiva sobre a força de carácter e integridade necessárias a proceder correctamente, mas também sobre as consequências que advêm das atitudes mais inocentes.   

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