quarta-feira, 6 de abril de 2016

Pedaços de Escrita #46





O ar cheira a Primavera; é morno e cálido, a luz do sol aquece verdadeiramente depois de tantos dias de tempo incerto. A brisa murmura por entre o restolhar das copas das árvores, onde os pássaros chilreiam incessantemente, cruzando conversas entre si. A tarde está impregnada de uma calma languida que promete liberdade, os campos reluzem, prenhes de luz e cor. O céu tornou-se mais azul, mais vivido e deslumbrante. Os dias mais longos trazem realização aos sonhadores e as artes, recolhidas durante o Inverno em severa hibernação, florescem em espontaneidade e fulgor, pespegando inspiração e alegria por onde passam. O calor morno e primaveril enche a floresta de vida e de júbilo, revelando todo o seu esplendor num simples toque. A luz, os sons, as cores e os cheiros ecoam plenamente pelas florestas, pelos vales e pelas montanhas. A Natureza renascida em toda a sua pujança e força, sob a luminosidade cálida de uma tarde de Primavera.

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