sábado, 8 de julho de 2017

Reflexões #10 - Inevitabilidade da Vida





É inerente ao nosso ser consciente questionar tudo, até mesmo a própria existência: O que faço aqui? Qual é o propósito da minha vida? Porque é que devo fazer isto ou dar-me com aquele? No entanto, nada disto importa quando nos damos conta das mudanças que a passagem do tempo acarreta e constatamos que a nossa vontade exerce pouca influência sobre as mesmas. As estações vão e vêm, os anos passam e tornam determinados momentos e vivências em memórias preciosas; há outros que perdem o rumo e tornam-se irrecuperáveis.

Há uma determinada altura na vida, quando somos ingénuos e despreocupados o suficiente, quando na flor da juventude muitos acreditam que são invencíveis e vivem para sempre e outros acham que têm de viver tudo de uma vez, porque têm medo de não ter tempo. Sinceramente, é difícil saber onde encontrar o equilíbrio e quem sabe limita-se a ir vivendo conforme o tempo e a idade permitem. Por outro lado, aceitar as mudanças que advêm do perecimento de alguém querido nem sempre se torna mais fácil com a passagem do tempo; sobretudo quando, posteriormente, a dita situação acarreta ter de gerir um património, por mais pequeno que seja, porque são demasiadas cabeças a sugerir ideias e a ditar sentenças. É por isso que se vai fazendo, aos poucos e poucos, com muito boa vontade, aquilo que se pode. Caso contrário, arriscamo-nos a tornar-nos memórias perdidas na imensidão do tempo.

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