domingo, 30 de junho de 2019

Pedaços de Escrita #69






Ali, no meio daquele pinhal meio escondido, conseguia finalmente respirar. De vez em quando, o vento trazia-lhe o cheiro do mar, que se ouvia ao longe num leve murmúrio. Juntava-se-lhe o chilrear dos pássaros e o zumbido dos insectos azafamados na tarde de Verão. Ali, onde tudo parecia isolado no tempo e no espaço, conseguia conectar-se intimamente com o divino da sua humanidade e da Natureza. Ali, tudo era descoberta e cura; ali era possível enfrentar os medos sem julgamentos e evoluir de forma natural... Naquele momento, tudo voltava a ser magia, encanto, alegria e leveza. Os sentimentos tornaram-se mais puros e definidos, o ego calou-se e a alma reverberou em todo o seu esplendor, pois ali onde não existiam barreiras, bastava simplesmente ser.

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