segunda-feira, 19 de março de 2018

Os Imperfeitos, Cecelia Ahern





Cada vez me surpreendo mais com esta autora que aparenta ter uma grande facilidade em escrever histórias muito diferentes umas das outras, embora este romance seja em tudo diferente ao seu estilo habitual, cujas narrativas tendem a ser semi-realistas. Neste romance empolgante, Ahern apresenta-nos uma sociedade moralmente dividida, que julga as acções das pessoas com uma grande leviandade face às definições de perfeição, imperfeição, moralidade e humanidade; uma sociedade que desumaniza as pessoas, levando-as a conceber pensamentos formatados para incrementar o controlo através do medo. Esta narrativa leva-nos a questionar os nossos próprios padrões de perfeição, bem como humanos e sociais que consideramos certos desde sempre. No fundo, o que a autora nos quis transmitir através da história de Celestine é que o conceito de perfeição é ilusório, contraditório e inexistente. A alegoria perfeita para uma questão que, sinceramente, permanece por responder: o que é a perfeição? Mal posso esperar para descobrir o que se segue!

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