terça-feira, 13 de março de 2018

Reflexões #17 - Dar Sempre o Nosso Melhor





Tenho de admitir que não sou, nem nunca fui, pessoa de me entusiasmar ou de deixar transparecer alguma coisa. Primeiro, porque me falta uma certa autoconfiança, depois porque nunca aprendi a mostrar e a partilhar o que sinto ou a falar livremente sobre o que me incomoda. Pode dizer-se que sempre fui uma rapariga tímida e introvertida e, de certa forma, ainda hoje há ocasiões em que não sei quebrar o gelo. Porém, toda esta realidade de ser, finalmente, autora tem-me feito desentorpecer perante a ideia de falar em público (algo que eu abominava quando era miúda) e provou-me que afinal até sou capaz de chegar às pessoas, se apostar na estratégia certa.

E esse é um dos fundamentos mais importantes de escrever literatura: o ser capaz de cativar e inspirar as pessoas, independentemente da idade ou do género. O despertar os outros para o prazer da leitura e da escrita é uma das melhores, senão mesmo a melhor recompensa que um escritor pode ter, ou seja, é o reconhecimento e o apreço demonstrados pelo meu trabalho que me deixam feliz e concretizada, tal como aconteceu a semana passada, quando estive naquela escola e constatei o interesse daqueles miúdos. Foi realmente gratificante ver o meu trabalho ser apreciado por mentes ainda em formação!

São estas ocasiões que me preenchem a alma e me dão motivação para continuar a fazer o que sei fazer melhor, mesmo quando aquela vozinha medrosa insiste em fazer-me duvidar das minhas capacidades. Sim, por vezes, até os melhores escritores têm dúvidas sobre o que andam a fazer, mas a vontade de superação acaba por levar sempre a melhor; e ainda bem, porque caso contrário alguns dos melhores livros publicados até hoje talvez não tivessem saído da gaveta. Tenho de admitir que J. K. Rowling tem razão em afirmar que o falhanço é uma parte importante no caminho para o sucesso, porque se esse caminho fosse fácil e tranquilo, então deixaríamos de ter algo por que lutar e as melhores coisas da vida são aquelas que mais custam a alcançar. Por isso, lembrem-se de que é no falhanço que residem as melhores lições

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