terça-feira, 19 de julho de 2016

A Filha do Barão, Célia Correia Loureiro





O meu gosto por romance histórico é bastante recente, mas confesso que fiquei rendida à prosa da Célia Loureiro desde da primeira à última página (tal como aconteceu com os livros da Carla M. Soares). Já andava para ler este livro há um ano e acho que lê-lo somente agora foi o timming certo, uma vez que promete uma continuação. Mesmo havendo algumas gralhas, que me fizeram tropeçar na leitura, este livro mexeu comigo de uma forma que muito poucos conseguiram, porque o sofrimento suportado pelos protagonistas me eriçou os nervos e porque, cada vez mais, é preciso acreditar em histórias de amor.

Uma história que evoca um episódio marcante na nossa História enquanto povo e a tenção associada ao mesmo, cujo enredo carregado de suspense, medo, dúvida, intriga e amor, se desenvolve em torno de personagens cativantes e frustrantes, as quais primam pela sua excelente caracterização. Para além disso, a panóplia de emoções que a narrativa suscita é inebriante, está repleta de avanços e recuos, desencontros e confrontos que prendem irrevogavelmente a atenção do leitor. Uma história de amor que retrata uma época em que a condição da mulher era, sob todos os aspectos, revoltante, e que insinua uma certa esperança na crença de um amor verdadeiro e duradouro. Confesso que fiquei atordoada com o final, que foi tão inesperado como inquietante. O que será que irá acontecer?


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