quinta-feira, 28 de julho de 2016

Pedaços de Escrita #50





Cheira a corpos suados no ar cálido e penumbrento do quarto, resguardado do calor da tarde pelas portadas fechadas. Os nossos corpos movem-se ritmicamente em vibrações compassadas, por entre respirações ofegantes, beijos e carícias. Não é simplesmente luxúria, mas a necessidade de sintonia e união, de pertencer e amar o outro. Depois caímos naquele silêncio cúmplice e trocamos um olhar parado no tempo, como se tudo o resto deixasse de existir e fôssemos as únicas pessoas no mundo.

O Amor é assim: único para cada pessoa, envolto em mistério, em paixão e sensações diversas, que se tornam inexplicáveis. Mas o Amor físico é simples de entender, é tão natural ente dois amantes, porquê condená-lo? O Amor é, talvez, a única coisa lógica que resta no mundo, mas são raros aqueles que aprendem a concretizá-lo, porque a maioria das pessoas rende-se aos vícios, ao egoísmo, à mesquinhez e à ganância, quando o Amor é a força motriz da realização e da felicidade.

É preciso arriscar o Amor para viver em pleno, mas só os mais audazes se atrevem a fazê-lo e foi o que fizemos: arriscámos ser parte um do outro e conquistámos o Amor ao cultivar a harmonia entre as nossas diferenças, amando-nos naqueles momentos que são só nossos e constituem a nossa história.

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